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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Breve história dos campeonatos mundiais


Olá, bumeranguers!


Um pouquinho mais da história do bumerangue pra vocês:


A história dos campeonatos mundiais começa oficialmente em 1991, quando foi disputada em Perth, na Austrália, a primeira Copa do Mundo de Bumerangue. No mesmo período, foi fundada a World Boomerang Association (WBA), responsável pela promoção do esporte e organização de campeonatos.

Desde 1992 os campeonatos mundiais são realizados de dois em dois anos.
 A International Federation of Boomerang Associations (IFBA), atual órgão mundial responsável pela padronização do esporte, fundada oficialmente em 2004, é a herdeira da WBA. 

As principais provas 
- não todas - disputadas nas competições atuais foram estabelecidas pela Australian Boomerang Association (Associação de Bumerangue da Austrália). São deles também o primeiro campeonato oficial de bumerangues, disputado na década de 60 em Melbourne, dois anos após a fundação da Australian Boomerang Association.

Quase 20 anos depois, em 1987 nos EUA, foi realizado o primeiro evento internacional, com americanos, franceses, australianos e alemães.
 Estes primeiros campeonatos eram chamados de International Team Cup Challenge. Neles, os campeões foram: 
  • 1987 - Realizado nos EUA, campeão: Chet Snouffer (EUA);
  • 1988 - Realizado na Austrália, campeão: Rob Croll (Austrália);
  • 1989 - Realizado nos EUA, campeão: Chet Snouffer (EUA) .

Como dissemos acima, os Campeonatos Mundiais de Bumerangue (WBC) começaram oficialmente em 1991. Segue abaixo a lista dos campeões mundiais: 

  • 1991 - Realizado na Austrália, campeão: John Koehler (EUA);
    Participação do brasileiro Carlos Martini Filho (Magrão).
  • 1992 - Realizado na Alemanha, campeão: Fridolin Frost (Alemanha);
  • 1994 - Realizado no Japão, campeão: Chet Snouffer (EUA);
  • 1996 - Realizado na Nova Zelândia, campeão: Rob Croll (Austrália);
  • 1998 - Realizado nos EUA, campeão: Fridolin Frost (Alemanha);
  • 2000 - Realizado na Austrália, campeão: Manuel Schuetz (Suiça);
  • 2002 - Realizado na Alemanha, campeão: Manuel Schuetz (Suiça); Participação dos brasileiros Tiago Gava, Ricardo Marx e Carlos Martini Filho (Magrão), sendo que o Magrão não participou das disputas.
  • 2004 - realizado na França, campeão: Manuel Schuetz (Suiça);
    Presença do brasileiro Carlos Martini Filho (Magrão), que não competiu.
  • 2006 - Realizado no Japão, campeão: Fridolin Frost (Alemanha);
  • 2008 - Realizado nos EUA, campeão: Fridolin Frost (Alemanha);
    Participação dos brasileiros Roberto Cereser Alejarra, Ricardo Marx e Jerri Leu, que junto com Oliver Snook, compuseram a primeira equipe brasileira a participar das provas por times de um Campeonato mundial, com o nome de "The Others".
  • 2010 - Realizado na Itália, campeão: Alex Opri (Alemanha);
    Participação dos brasileiros André Caixeta Ribeiro (Edim), Ricardo Marx, Jerri Leu e Giosser Braga, que formaram a equipe "Skywalkers".
  • 2012 - A ser realizado no Brasil


Seguem os logos de alguns WBCs: 


          




E para terminar, alguns conselhos sobre nosso esporte:

"A diversão com bumerangue é um negócio sério!" (H. L. Mayhew, EUA, 1982)

"Não atire um bumerangue inútil ao ar, mas sim ao fogo!" (Folclore australiano)

"Faça bons bumerangues e guarde-os para você, o resto dê a seus amigos." (New Frontiers newletter, Austrália)

O melhor atleta é aquele que consegue levar sua noiva para o campo uma vez e ela continua o acompanhando no futuro, para arremessar ou simplesmente para ver.” (Georgi Dimantchev)


Bons ventos a todos!
Ítalo Carvalho.


Referências utilizadas:
Texto postado pelo Eduardo Wahler no blog Jornal do Bumerangue.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dicas para competições 03: Fast Catch, Enduro, MTA e Australian Round

Olá, pessoas!


Depois das dicas gerais e dicas para Trick Catch e Precisão, aqui vão as dicas para Fast Catch, Enduro, MTA e Australian Round, concluindo a série


Fast Catch

Prefira modelos que mantêm o voo baixo durante todo o percurso. Quando o bumerangue sobe, ele percorre um caminho mais longo e toma mais tempo a cada volta.

Sempre se aproxime o máximo possível da linha da raia de 2 metros para arremessar, pois assim você ganha distância e se seu bumerangue estiver indo a pouco menos de 20 metros, você não perderá os arremessos. Tome muito cuidado para não pisar na linha e queimar o arremesso.

Na hora da pegada, não vire o corpo lateralmente. A pegada será mais segura se você encarar o bumerangue de frente e isso evitará que você perca tempo correndo atrás dele, caso não consiga segurá-lo.

Se você já consegue fazer o bumerangue voltar no bull’s eye, trabalhe na transição entre a pegada e o novo arremesso. Aproxime-se da linha da raia para pegá-lo e enquanto o posiciona nas mãos para o próximo arremesso, dê dois passos para o lado oposto, virando o corpo e se aproximando novamente da linha para arremessar. Aproveite a força da cintura e das pernas enquanto gira para dar mais força ao arremesso. Se você é destro, gire o corpo pela esquerda, se for canhoto, gire pela direita.

Se você perceber que o bumerangue não voltará no bull’s eye, não espere que ele chegue muito perto para se posicionar. Corra o mais rápido possível para o lugar onde você achar que fará a pegada. Lembre-se de que você deverá voltar ao bull’s eye para fazer os arremessos seguintes.


Enduro

Utilize as mesmas dicas que as para Fast Catch.

Mantenha um ritmo constante, não esquecendo de respirar. Não adianta começar num ritmo muito acelerado, se cansar rápido, depois de poucas pegadas, e não conseguir fazer as seguintes.

Procure se sentar por alguns minutos depois da prova. É uma das que mais exigem fisicamente do atleta e algumas pessoas pode inclusive sofrer de pressão baixa depois de realizá-la.


Australian Round

Se posicione para fazer a pegada logo após o arremesso. Não fique parado esperando para ver onde o bumerangue irá cair. Passe um pouco do local onde você acha que o bumerangue irá cair, depois se vire e pegue o bumerangue de frente. Como o bumerangue estará completamente em seu campo de visão, você saberá se posicionar melhor para fazer a pegada.

Na hora da pegada, você pode tentar pular, pegar o bumerangue e cair em uma raia menor, assim você aumenta seu score em dois pontos. Caso consiga fazer isso em todos os arremessos, você aumentará 10 pontos em seu score. Lembre-se: para que isso funcione, você deve estar no ar no momento em que pegar o bumerangue.

Em geral, quanto mais longe o bumerangue for, mais difícil será ganhar pontos por precisão. Prefira bumerangues que vão a 30 metros, mas que tenham uma grande precisão. Assim, se você fizer a pegada, pontuará mais do que se tivesse arremessado um bumerangue a 50 metros, mas que não voltou dentro da raia dos 10 metros. Lembre-se: a pontuação por precisão é maior que a pontuação por distância.


MTA

Na prova de MTA 100, arremesse no limite da raia de 50 metros, encarando o vento. Como o vento empurrará o bumerangue na direção oposta, você terá toda a área atrás de você para fazer a pegada.


Se a prova for de MTA ilimitado e houver vento, procure usar qualquer barreira contra o vento que existir no campo (árvores ou prédios muito altos, por exemplo). Arremesse próximo a ela, assim o bumerangue estabilizará mais fácil.

Comece a correr imediatamente após o arremesso, na mesma direção em que o vento está empurrando o bumerangue, assim você pode se posicionar à frente dele, facilitando a pegada. Fique atento a mudanças na direção do vento. Você pode pedir a alguém que fique na posição onde pegaria o bumerangue e correr para esta pessoa. Isso evita que você corra olhando para trás e tropece.

A melhor maneira de fazer a pegada é na altura do umbigo, deixando as mãos “moles” e dobradas para trás, dobrando-as para a frente apenas no momento exato de pegar o bumerangue. Isso evita que elas se tornem um obstáculo para o giro do bumerangue.

Sempre mire no centro do giro do bumerangue, e não o meio do bumerangue em si.

Você pode se abaixar e cair para trás, se deitando, no momento exato em que fizer contato com o bumerangue. Isso fará com que ele caia sobre seu corpo, caso a pegada não seja muito firme, em vez de cair no chão.

Alguns atletas mais experientes chegam a se deitar para fazer a pegada. Assim, quanto mais baixo eles pegarem o bumerangue, maior será o tempo contado. Se você não garante que conseguirá fazer isso, só tente depois de garantir dois ou três bons tempos em arremessos anteriores.

Caso o bumerangue quebre em sua mão e algum pedaço cair no chão, a pegada será válida se houver QUALQUER pedaço do bumerangue em sua mão, independente do tamanho.




Bons retornos a todos!
Ítalo Carvalho





Referências utilizadas:
Vídeo-aula de MTA do Sandro Freitas (também é recomendável assistir)
Ricardo Marx e Fracaboom, via Twitter

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dicas para competições 02: Trick Catch e Precisão

Olá, pessoas!


Dando continuidade às dicas para competições, depois das dicas gerais, aqui vão algumas para Trick Catch e Precisão.


Trick Catch Single:

Tenha um bumerangue próprio para single. Se você usar um dos doublers e algo acontecer a ele (quebrar ou perder), você poderá ser prejudicado.

As quatro primeiras pegadas valem menos, então não se preocupe se você as errar. Concentre-se nas outras seis, pois as pontuações são maiores. É comum os competidores errarem as primeiras pegadas por estarem nervosos no início da prova. Mas se acertarem as outras seis, conseguem 90 pontos, o que com certeza garantirá uma ótima classificação.

Se posicione de maneira que o vento leve o bumerangue até você em vez de você segui-lo. Você porde regular o bumerangue para que ele caia de 2 a 5 metros à sua frente. Comece a correr logo depois do arremesso, não espere para ver para onde o bumerangue irá.

Cuidado com o sol. No momento da pegada, se movimente para que ele não fique na mesma linha de visão que o bumerangue, pois ele pode ofusca-lo. Basta se mover alguns graus para um lado.

Você pode treinar as pegadas em casa usando um bumerangue de papel ou papelão (se tiver espaço); ou girando um bumerangue de plástico e jogando para cima.

Nas pegadas:
  • Mão direita e mão esquerda livres: tente pegar o bumerangue o mais alto possível, passando o polegar por cima dele. Assim, se você errar a primeira tentativa, terá outra chance de pegá-lo mais abaixo, até mesmo mergulhando para alcança-lo.
  • Duas mãos atrás das costas: procure ficar de lado e inclinar o corpo na direção oposta à do bumerangue. Mantenha contato visual com o bumerangue tanto quanto for possível, assim você perceberá qualquer mudança mínima de direção que possa desviá-lo de sua mão.
  • Duas mãos por baixo da perna: prefira pegar o bumerangue pelo lado de fora do corpo, assim você evita que ele se choque contra sua cabeça, ombros ou tronco. É possível pular para fazer a pegada, tendo então mais uma chance caso erre a primeira tentativa.
  • Eagle catch: não tente fazer a pegada quando o bumerangue estiver muito alto. Espere (com a mão já levantada) que ele chegue à altura do seu peito para pegá-lo. Você pode deixar a outra mão estendida na altura da cintura para bater o bumerangue para cima caso erre a primeira tentativa, assim você terá uma nova chance de pegá-lo. Mas lembre-se: caso tenha sucesso na primeira tentativa, a outra mão deve sair do caminho para que não interfira na pegada.
  • Hackey catch: pode ser feita por dentro (com a lateral interna do pé), por fora (com a lateral externa do pé) ou com a perna invertida (de letra). O chute por dentro é o mais seguro, pois o corpo fica numa posição mais favorável para pegar o bumerangue (nas outras duas você terá que se esticar mais para isso).
  • Tunnel Catch: use a mesma dica que na pegada com duas mãos por baixo da perna, mas não pule, pois os dois pés devem estar em contato com o chão para que a pegada seja válida.
  • Uma mão por trás das costas: use a mesma dica que na pegada com duas mãos atrás das costas. Você pode deixar o bumerangue bater nas suas costas para que ele pare de girar e facilitar a pegada, mas lembre-se de que você não pode prendê-lo entre a mão e o corpo para pegá-lo.
  • Uma mão por baixo da perna: use a mesma dica que na pegada com duas mãos por baixo da perna.
  • Foot catch: deite-se da lado para pegar o bumerangue com as laterais dos pés, reduzindo as chances de quebra-lo. Alguns atletas preferem fazer essa pegada com os pés descalços.


Trick Catch Doublers

Memorize a ordem e os valores de cada pegada, assim você pode decidir estratégias durante a prova.

Na hora de arremessar, sempre posicione o insider um pouco à frente do outsider em sua mão.

Se você perceber, depois do arremesso, que apenas um dos bumerangues está voando do jeito correto, garanta a pegada com ele e vá atrás do outro só se der tempo.

Faça a pegada que vale mais pontos primeiro, pois se você errá-la terá outra chance no outro bumerangue.
Lembre-se de que não deve soltar o primeiro bumerangue antes de ter pegado o segundo. Você pode ficar com ele na mão, colocá-lo na boca, na cintura ou na camisa, mas nunca deixe que caia no chão antes de ter dominado o segundo.

Na combinação Eagle catch / Foot catch, é recomendável fazer a Eagle primeiro, pois é mais difícil se levantar depois da Foot a tempo de alcançar o segundo bumerangue.


Precisão

Após o arremesso, saia imediatamente do bull’s eye, pois assim você evita que o bumerangue bata em você caso volte com precisão máxima, o que anulará o arremesso.

Preste atenção em que direções os outros competidores estão arremessando, assim você poderá perceber mudanças na direção e intensidade do vento quando for sua vez.




Veja também as dicas para Fast Catch, Enduro, Australian Round e MTA.





Bons retornos a todos!
Ítalo Carvalho.


Referências utilizadas:
Vídeo aula de Trick Catch do Sandro Freitas (também vale a pena assistir)
Ricardo Marx e Fracaboom, via Twitter